segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Convite aos alunos de secundário!!!

Já estão abertas as inscrições para seres figurante e fazeres parte deste nosso projeto!! É só preciso que vás ter com alguém do 12º Ano da turma C.
Na 4ª feira vamos andar pela escola e perguntar se queres fazer parte mas se por acaso não formos ter contigo vem tu ter conosco.
Toda a gente é bem vinda, desde a rapazes a raparigas.
Vamos dar prioridade às turmas de 12º ano mas os de 10º e 11º ano também podem dar os vossos nomes, porque podem vir a ser precisos à mesma.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Finalmente o nosso 1º trailer!!!!!

O Mundo Oculto




Algumas fotos de discussão entre o grupo:


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

É esta semana ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

Esta semana sai o primeiro trailer do nosso filme !!!!!!!!!
Preparem-se !!!!!!!!!!!11

Portugal no combate ao tráfico humano

Desde 2004, foram instaurados 129 processos. "Manifestamente pouco", segundo a Polícia Judicária
2009-02-13
SUSANA OTÃO

Natália tinha 14 anos quando chegou a Portugal. Uma menina. Não conhecia a língua, nem ninguém. Foi entregue a "Maria", que se dizia sua amiga, mas que acabou por se transformar na pior das inimigas, quando a obrigou a prostituir-se.

Com um passado familiar marcado pela miséria e o alcoolismo, e depois de ter sido vendida por um tio a um estranho, passou a vender o corpo nas ruas da Baixa de Lisboa. Porém, após alguns meses de desespero, com maus tratos e lágrimas em pano de fundo, o caso de Natália acabou bem. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras conseguiu resgatá-la da rede suspeita de escravizar mulheres para a prática da prostituição.

Muitas outras "natálias" continuam a ser vítimas de um crime, com largas "cifras negras" em Portugal, até que se consiga conjugar todos os esforços para minimizar o flagelo. Pelo menos assim o deixou entender Almeida Rodrigues, na abertura do Congresso Nacional sobre Tráfico de Seres Humanos, que decorre até hoje em Loures, adiantando que Portugal é, simultaneamente, país de destino e de origem das vítimas.

"Decorridos mais de cinco anos da convenção de Palermo [Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional] não temos feito uso adequado dos instrumentos à disposição. Ainda não conseguimos dar o salto para a frente, tal como já fizemos com os infiltrados no tráfico de droga e a moeda falsa", salientou o director nacional da Polícia Judiciária.

O responsável revelou que nos últimos cinco anos foram instaurados na PJ "apenas 129 processos relacionados com tráfico de seres humanos", considerando que tal número é "manifestamente pouco" e certamente inferior à realidade.

"Temos de investigar com todas as técnicas especiais que temos usado com grande sucesso noutros tipos de crime. É necessário que todos tenhamos a noção de que há pessoas que são reduzidas à condição de coisa e tratadas como tal. Falta uma atitude pro-activa na denúncia", atirou.

Em 2008, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tinha sinalizados 148 casos de tráfico, tendo concluído 21 investigações, das quais resultaram 22 detidos. Já em 2006 - segundo o relatório elaborado pela agência das Nações Unidas parta o Combate à Droga e ao Crime, ontem tornado público - Portugal condenou 49 pessoas por tráfico de seres humanos e exploração sexual. Realçe-se, ainda o facto de entre 2003 e 2007 as autoridades nacionais terem identificado 25 adultos e 12 crianças vítimas de tráfico, a maioria mulheres.

Presente na sessão de aberura do congresso, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna realçou, por sua vez, que "os riscos para os traficantes de seres humanos parecem ser muito mais baixos do que os ocorridos no tráfico de droga e armas", considerando que o tráfico de pessoas é "a escravatura moderna, absolutamente activa".

Segundo José Magalhães, Portugal tem, actualmente, e depois da alteração operada em 2007, um "quadro legal duro para traficantes", mas lembrou que "neutralizar as redes de tráfico só é possível com um trabalho em rede de forma transnacional".

Foi isso mesmo que defendeu Manuel Albano, relator do Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos, ao garantir que 43 das 63 medidas previstas já foram executadas. "Apesar de ter atacado tarde, Portugal tem cartas a dar neste domínio", sustentou, defendendo que a coorporação internacional deve ser ainda mais vincada.

Fonte Diario de Noticias

Eu não decidi ser prostituta. Comecei aos 8, por pedir esmola

A presidente da da Associação das Profissionais do Sexo e Congêneres do RN concedeu entrevista ao portal no dia 2 deste mês.
"Eu não decidi ser prostituta. Comecei aos 8, pedindo esmola", disse Marinalva
Leia a entrevista com Marinalva Ferreira
Marinalva Ferreira, presidente da Associação das Profissionais do Sexo e Congêneres do Rio Grande do Norte já falecida era prostituta há 30 anos, ela estava internada no Hospital Walfredo Gurgel. Marinalva foi vítima de um AVC e faleceu aos 39 anos.

No último dia 2 de junho, quando foi comemorado o Dia Internacional da Prostituta, a Associação promoveu em Natal um movimento em comemoração à data. Na ocasião, Marinalva concedeu entrevista ao Nominuto que apesar de não ter sido lançado naquela data, já vinha realizando algumas atividades.

Em homenagem à Marinalva Ferreira, o Nominuto publica a entrevista.


Nominuto - Em qual momento da sua vida a senhora decidiu ser prostituta?

Marinalva Ferreira - Eu não decidi ser prostituta. Comecei inocentemente, com oito anos, pedindo esmola para dar de comer à minha mãe, e com nove anos me vendendo, saindo com velhos de carro, na Praça André de Albuquerque. Foi aí que eu perdi minha virgindade. Eu não sei o que foi namorar, brincar, ter amigos e ir à escola. Quando comecei a me vender mesmo e a ganhar dinheiro, eu decidi seguir nessa vida.

NM - Mas aos oito anos? Alguém a influenciou?

MF - Não. Eu comecei pedindo esmola, aí me juntei com outras meninas pequenas que estavam na rua também. A gente, pedindo esmola, ganhava umas pratinhas, e fazendo programa, a gente ganhava uma nota de Cr$ 10 ou de Cr$ 50. E comecei por aí. Mas se nós tivéssemos os direitos que existem hoje, como Bolsa-Escola, Bolsa-Família, acho que não teria passado por isso. Eu teria estudado e hoje poderia ser uma médica ou advogada.

NM - A senhora acha que a maioria dessas mulheres entra na prostituição por opção ou é por necessidade?

MF - As que eu trabalho, que são de baixa renda, estão por necessidade. Porque muitas delas têm seus filhos para dar de comer, umas têm aluguel para pagar. E como não tem emprego nem outra opção, elas vão fazer o quê? Vão roubar? Então, vão fazer programa para ganhar R$10, R$20, R$30 ou até menos. Essa que é a realidade.

NM - Em relação à Associação dos Profissionais do Sexo e Congêneres do Rio Grande do Norte, como surgiu a idéia de criar um órgão desse aqui no Estado?

MF - A idéia surgiu no momento em que eu fui fazer um exame, há uns cinco anos atrás, no Centro Reprodutivo Leide Morais, e não tinha o dinheiro para pagar. Então, eu me revoltei e fui atrás dos meus direitos. Depois de três meses que eu já estava fazendo os exames, eles abriram espaço pra eu levar as conhecidas que tivessem dificuldades. Dentro de um ano e três meses eu levei 145. Deu soro positivo em duas e Sífilis em 59. Por aí começou o trabalho da Associação.

NM - E como ela funciona hoje? Como está estruturada?

MF - Hoje, a gente tem 1.050 associados e trabalhamos em parceria com as secretarias municipal e estadual de Saúde, que nos fornecem material como preservativos e panfletos. A associação já conseguiu 31 mil preservativos garantidos. Já conseguimos médicos sem enfrentar filas, advogados, escolas. A gente já pode pagar o nosso INSS, que é R$ 41. Agora, vamos correr atrás de cursos e empregos.

NM - Como vocês lidam com a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis?

MF - Nós sempre passamos informações para que esse pessoal use preservativo, que faça seus exames para saber como está a saúde. Para que as profissionais do sexo continuem seu trabalho e que tenham seus exames em dia.

NM - Quais são os maiores problemas enfrentados por vocês?

MF - Os grandes problemas que a gente enfrenta no dia-a-dia são o preconceito, a discriminação e a violência. E isso não é fácil. A sociedade ainda discrimina muito, pois pensa que é porque a gente quer. Mas não é porque a gente quer.

NM - A senhora já entrou em confronto ou agrediu algum homem por ele ter lhe desrespeitado?
MF - (Risos...) Quando eu tinha meus 13, 14 anos eu não agüentava levar um ‘xêxo’ [calote]. O cliente que me passasse um ‘xêxo’, ficava com uma cicatriz. É por isso que hoje em dia eu sou marcada, cheia de acidente de trabalho, porque eu também não fui de levar desaforo para casa.

NM - Aos 39 anos, com 30 de profissão, a senhora já pensa em se aposentar?
MF - Meu filho, enquanto eu tiver com saúde, fé em Deus, e meus clientes ainda tiverem me atendendo. Como eu vou me aposentar agora? Ainda tenho 39 anos, paguei pouco tempo o INSS. Então, eu vou me aposentar por onde? Queria eu ter uma aposentadoria para poupar mais minhas ‘peças’ (risos...).

Fonte :
http://www.nominuto.com/noticias/entrevistas/eu-nao-decidi-ser-prostituta-comecei-aos-8-pedindo-esmola-disse-marinalva/26959/